De graça. Usuário acha que velocidade é boa porque pouca gente usa; são só 11,6 mil pessoas cadastradas. Rede sem fio de conexão à internet cobre quase toda BH
Praças, parques e aglomerados estão entre os locais que já têm cobertura.
Pelo menos duas vezes por semana o técnico em informática Waldemar Márcio Silva, 24, passa meia hora no saguão da rodoviária de Belo Horizonte. Ao contrário da maioria das pessoas que está no local, ele não vai viajar. "Venho só para acessar a internet", conta. Ele usa os pontos de acesso gratuito da rodoviária ou da praça Sete sempre que visita clientes na região Central da cidade. "A conexão é boa, acho que é porque tem pouca gente usando", diz.
Silva é uma das 11.646 pessoas cadastradas no programa BH Digital, que cobre a maior parte da cidade com uma rede sem fio de conexão à internet desde outubro de 2009. Ainda engatinhando, o programa pretende levar a conexão aos locais públicos e a vilas e favelas da capital até 2012. A rede pode abrigar muito mais usuários do que o número atual.
O programa é uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério das Comunicações e recebeu investimentos de cerca de R$ 6 milhões. "Há uma nuvem cobrindo Belo Horizonte e a prefeitura vai abrindo os pontos onde a rede vai funcionar", explica o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
A "nuvem" abriga hoje 32 hotpots (locais onde a conexão está disponível). Desses, 27 estão ativos. Estão no mapa de cobertura as principais praças e parques, teatros, prédios públicos, vilas e favelas. A estudante Marlla Antonine é uma que usam a comodidade para navegar no Palácio das Artes e no parque municipal.
A cobertura é para locais públicos, mas nas vilas e favelas o sinal chega às casas. O diretor de rede da Prodabel, empresa que gerencia o BH Digital, George Machado, diz que o limite geográfico do sinal não é rígido. "Quem está no entorno vai pegar carona", diz.
A conexão é gratuita, sem fio e com velocidade de 512 kbps. Cada pessoa pode ficar conectada até duas horas por dia, mas o tempo médio de uso é de uma hora diária por usuário. O sistema foi dimensionado para 95% da cidade, mas, na prática, cobre 70%. A diferença entre teoria e prática acontece porque o planejamento se baseou na geografia da cidade, sem levar em conta obstáculos como vegetação e prédios.
Empresas privadas investem no serviço como diferencial
Empresas privadas também investem em redes de internet sem fio gratuitas para atrair os clientes. A rede de postos de combustível Ale tem um projeto piloto em Belo Horizonte com conexão wireless em dez unidades. A conexão vai de 1 a 3 Mbps, dependendo do local.
O restaurante Me Gusta, no Belvedere, por exemplo, tem conexão wireless gratuita desde em março de 2009. Por dia, cerca de 20 pessoas usam a rede por meio de seus notebooks, netbooks ou celulares. "É um diferencial. Aqui é uma região que tem muitos escritórios e as pessoas acabam escolhendo o restaurante para reuniões e consomem também", diz a proprietária, Ana Flávia Lamas.
Na concessionária Honda Banzai, além da rede sem fio, há computadores à disposição dos clientes. (APP)
Digital
Pioneira. Belo Horizonte é a primeira capital que recebeu o título de "cidade digital" do Ministério das Comunicações. O órgão tem projeto para implantar outras 20 cidades digitais no país.
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