Angola - Luanda – A instalação de internet fixa em todas as localidades de Angola iria acarretar gastos elevadíssimos para o Estado e para as empresas que operam na área das tecnologias de informação, afirmou hoje, sexta-feira, em Luanda, o especialista em informática, Rui Manuel dos Santos.
Em declarações à Angop, o presidente do Conselho de Administração da Sistec (empresa de prestação de serviço no ramo de informática) referiu ser a reconstrução do país a prioridade do momento, uma vez que a instalação deste serviço levaria somas avultadas.
Segundo a fonte, existem outras formas mais simples e menos dispendiosas de internet, a chamada internet sem fio que é usada pelas empresas de telefonia Movicel e Unitel e a Mercury.
Para que isto aconteça, adiantou o especialista, é fundamental que os operadores de comunicações, que actualmente têm licença para fazer este tipo de trabalho façam chegar o sinal de Internet a chamada última milha, o que não tem acontecido até agora.
“A última milha é fazer com que a Internet chegue a casa de cada cidadão. Se isto não acontecer os utilizadores deste tipo de
comunicação serão sempre em número reduzido. Sabemos que grande parte dos utilizadores deste serviço o fazem nos seus locais de trabalho e quando chegam a casa não dispõem do serviço”, acrescentou.
O interlocutor adiantou que as empresas que prestam serviço de Internet móvel praticam ainda preços altos, o que não abona em benefício da maioria dos cidadãos.
Rui Manuel dos Santos aconselha as empresas a melhorarem a qualidade dos seus serviços e a reduzirem os custos dos produtos.
“ Não devemos só pensar no lucro, no mercantilismo, é necessário pensar também nas vantagens e nos benefícios que os cidadãos irão ter ao usarem estes serviços. Neste tipo de negócio ganha-se dinheiro no volume e não se ganha no serviço ”, sublinhou.
O responsável finalizou salientando que “neste campo, a Sistec é uma distribuidora de outras operadoras e por isto tem um desempenho mais passivo. Mas pode em próximos tempos ter a sua marca de internet móvel”.
Fonte: Angola Press
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