Telefônica avalia que pobre só pode ter até 250 Kbps de Banda larga




Diretor de negócios de internet da operadora diz que taxa é cinco vezes acima do que a população estava acostumada a usar, por acesso discado. Quanto aos provedores, a empresa ainda não sabe quem disponibilizará os serviços.

A Telefônica realizou nesta sexta-feira (16/10), no Futurecom 2009, uma coletiva de imprensa para detalhar as ações da empresa, em relação à parceria com o governo do estado de São Paulo e a oferta da banda larga popular. Segundo Fábio Bruggioni, diretor de negócios de internet da operadora, entre as decisões, o serviço estará disponível exclusivamente para os assinantes de telefonia.


Para o executivo, a desoneração tributária ao governo paulista não terá efeito, “porque nunca existiu esse mercado de banda larga, já que as pessoas, no máximo acessavam a internet por dial-up”, diz . Bruggioni também informou que a empresa ainda não realizou um cálculo total em relação ao subsídio estatal, devido a companhia não ter iniciado a venda dos serviços. “A renúncia fiscal não é tanto significativa”, completa.

Quanto a possibilidade de incluir no processo de desoneração outros produtos e, até mesmo serviços para, o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, informou que não houve uma conversa com o governo sobre esse aspecto e que a conversa esteve focada na redução de ICMS sobre os serviços de banda larga. “Avaliamos apenas o acesso à classe C e D”.

Até o momento a Telefônica não concluiu quais os provedores que estarão incluídos no programa de banda larga popular. “Hoje, já existem alguns que trabalham com o Speedy, mas ainda está em aberto”, diz Bruggioni.

No programa de banda larga popular, a operadora decidiu oferecer uma taxa de velocidade com 250Kbps. Bruggioni explicou que a escolha foi baseada em dois aspectos de visão: consumidor e empresa.

Em relação ao consumidor, o executivo diz que o consumidor possui um modelo diferente de acesso, cujo estudo mostra que a classe C e D usa no primeiro ano apenas 40% de internet, aumentando gradativamente. “Antes, eles usavam apenas 56Kbps, com a taxa oferecida são cinco vezes maior. No primeiro momento atende”, completa. Já na questão empresarial, o executivo avalia que a operadora tem preocupações em atender e “derrubar a barreira de entrada na internet rápidal, mas que possa oferecer com qualidade”.

Speedy
Fábio Bruggioni informou que até o final do ano, haverá novas ofertas do Speedy, como prestação de serviços e suporte. Porém, ele não detalhou por causa da falta de alguns acertos contratuais. Desde que reiniciou as vendas dos planos de banda larga, no dia 26 de agosto, a operadora totalizou a venda de 111 mil novas assinatura, sendo 2300 diárias (contando sábado e domingo).

De acordo com um estudo levantado pela Telefônica no estado de São Paulo, 55% da Classe C e D utilizam a banda larga para trabalhos escolares e pesquisa, enquanto que no público A e B, só 40% usam para essa proposta. A empresa também constatou que 60% da população menos favorecida economicamente usam a internet em locais públicos e, desse total, 30% acessam todos os dias.

“Aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, clientes da Telefônica, acessam a internet por dial-up. Nossa meta é que entre 12 e 24 meses consigamos atingir a maioria dessas pessoas com o programa do governo”, prospecta Valente.

Fonte: http://www.ipnews.com.br



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