O Brasil apresenta taxas consideradas baixas de acesso da população à internet de banda larga e um dos custos mais elevados para este serviço. Um ranking elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a existência do serviço em 150 países concluiu que o Brasil ocupa apenas a 69ª posição.
Países como Argentina, Chile, México e Uruguai superam o Brasil no ranking.
Segundo os dados da ONU, em 2008 cerca de 10 milhões de brasileiros tinham acesso à banda larga, o que representava 5,19% da população. Em 2003, a taxa era de apenas 0,6% da população com acesso a esse serviço, ou seja, 1,2 milhão de pessoas. Para 2009, o governo estima que 20 milhões de brasileiros estarão conectados à internet de alta velocidade.
O Brasil ainda debate investimentos de R$ 75,5 bilhões para garantir que em 2014 cerca de 90 milhões de pessoas tenham acesso à banda larga, o que significa elevar o número de conexões em 60 milhões em cinco anos. O projeto "O Brasil em Alta Velocidade" prevê que até 2014 metade dos domicílios brasileiros estarão conectados com banda larga.
Por enquanto, os dados da ONU apontam que a taxa brasileira é ainda bastante inferior ao serviço existente nos países ricos. Para a União Internacional de Telecomunicações, o acesso à internet de alta velocidade é hoje o melhor indicador das condições de tecnologia de comunicação de um país. Na Finlândia, Reino Unido e Dinamarca, mais de um terço da população tem acesso à rede por banda larga. Nos Estados Unidos, são 26%. Na China, a taxa é ainda de 6,2%, superior a do Brasil.
A ONU aponta que dois problemas aparecem como os principais obstáculos no acesso da população brasileira à internet: o custo e a falta de investimentos em infraestrutura. Já a União Internacional de Telecomunicações (UIT) aponta que o acesso à internet de alta velocidade no Brasil é cara, pelo menos em comparação com a taxa cobrada em outros países. Um brasileiro pagaria em média 9,6% de sua renda mensal na assinatura do serviço de banda larga. Entre 150 países avaliados, o Brasil ocupa a 77ª colocação no ranking dos custos da Internet. Quanto melhor a posição no ranking, menor o custo em proporção à renda. Tanto a Rússia, como Índia e China tem custos mais baixos de Internet para a população.
O Brasil praticamente só tem uma taxa melhor de penetração de Internet de alta velocidade que países em grandes dificuldades sociais e econômicas. Na África, muitos ainda apresentam uma taxa de penetração da banda larga de menos de 0,2% da população. Segundo o ranking da ONU, Uganda garante o acesso à banda larga para 0,01% da população.
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