50 municípios farão parte do Cinturão Digital no Ceará



O que você acha de ter internet ultralarga, ou seja, com médias de velocidade entre 10Mbps a 30Mbps pagando pouco ou nada por isso? Fantástico, certo? Mas você poderia questionar: Isso é utopia, ilusão? Hoje em dia sua resposta é correta.

Porém, a partir de maio de 2010, 50 municípios cearenses, além de Fortaleza, farão parte do Cinturão Digital, projeto do Governo do Estado que planeja ofertar esta velocidade.

Inicialmente, segundo Fernando Carvalho, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), o Governo do Estado tinha o plano de implantar em 24 cidades do Interior mais a Capital. "Porém, o governador Cid Gomes nos autorizou a implantar o projeto em 51 cidades do interior, na área urbana delas, além da Capital. Cobriremos 91% da população urbana destas cidades. Vamos criar uma nova empresa no Estado que vai se ocupar em transportar dados e ela terá como sócios o Governo, um consórcio de Prefeitura e três investidores privados que irão se beneficiar da infraestrutura e pagarão os custos da manutenção", informou Carvalho.

Como?

O Cinturão Digital do Ceará é o projeto que prevê a implantação de infraestrutura de transporte de dados em alta velocidade, através da instalação de 3.000km de fibra óptica no Estado. Sendo 2.300km em meio rural e 700km em meio urbano. Em Fortaleza, todos os órgãos do Governo já estão conectados a 1 Gbps (Gigabit por segundo) e todas as 900 escolas da Capital estarão conectadas até início de 2010. No Interior, haverá um anel óptico redundante a 10 Gbps e, até abril de 2010, 50 cidades contarão com acesso na "última milha", através da instalação de antenas de rádio no padrão Wimax (rede sem fio).

Utilidade

O principal benefício do Cinturão Digital é que o acesso, que hoje é um serviço muito caro no Interior, caia drasticamente. Segundo Carvalho, há provedores pagando acesso de 1Mbps por R$ 600 e prefeituras gastando R$ 7 mil por 3Mbps por mês. "Este preço para o acesso tende a cair a preços muito baixos: tipo R$ 25 a R$ 30 neste acesso que hoje custa R$ 600. A tendência é o preço continuar caindo. No Japão o acesso custa R$ 0,20 por Mbps. Esse é o principal benefício. Como estou falando em serviço de banda ultralarga, estou falando em colocar em pontos da cidade 10Mbps a 30Mbps. Aí teremos serviço de TV digital como telemedicina (a pessoa pode ser atendida por um médico de Fortaleza para que não venha sem necessidade para o IJF ou HGF, por exemplo) e tele-educação".

Wimax

As antenas de Wimax geram um sinal que pode chegar a um raio de 50km e velocidade de 75Mbps em condições ideais. A qualidade depende da geografia. A média, contudo, fica entre 10km a 40km, dependendo do terreno onde está a antena.

SAIBA MAIS

Fortaleza já está com toda a fibra ótica pronta. Faltam apenas as antenas Wimax;

3 mil Km de fibra ótica serão instalados no Estado ao fim do processo de implementação do Cinturão Digital;

Dada a sua posição geográfica, Fortaleza é a cidade da América Latina que concentra todos os cabos submarinos que partem (ou chegam) para a América do Norte e a Europa;

Até pouco tempo, ninguém no Ceará se beneficiava desse fato, o que pode ser comprovado pelos altos valores pagos em Fortaleza e no Interior para acesso aos serviços digitais.

LEILÃO


Empresas privadas vão participar do processo

Três empresas privadas estarão no processo de administração do Cinturão Digital quando o mesmo for lançado em maio do ano que vem. Segundo o presidente da Etice, Fernando Carvalho, a escolha será por leilão.

"Quem der o menor lance a partir do lance mínimo que é o custo de geração do Cinturão Digital, leva o lote. Serão três lotes com o mesmo conteúdo. Não pode haver intercessão de grupos empresariais em mais de um lote. Quem ganhar um lote não pode ganhar um dos outros", afirmou.

De acordo com Carvalho, a ideia do governador Cid Gomes é que as empresas privadas possam fazer os investimentos futuros, bem como manter a qualidade superior que o Cinturão Digital promete ter. Além disso, para o presidente da Etice, "havendo concorrência a tendência é o serviço melhorar até o preço cair, até chegar na universalização", disse.

DANIEL PRACIANO
EDITOR DO DIÁRIO DO NORDESTE ONLINE

[Fonte]



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