A ilha de Fernando de Noronha poderá ser a próxima cidade digital



O arquipélago de Fernando de Noronha poderá ser conectado por uma rede de internet sem fio pública até o início do próximo ano. Os planos foram anunciados pelo governador Eduardo Campos em visita à ilha durante o feriadão de finados e deverão atender a um pedido antigo dos moradores e visitantes. “Estamos estruturando o projeto para lançarmos a novidades até janeiro”, disse Campos, enquanto embarcava com a família, na segunda-feira, de volta para o Recife.

Apesar das praias e ondas maravilhosas, das águas cristalinas e dos animais exóticos, que atraem surfistas e turistas do mundo inteiro, Noronha ainda sofre com a falta de infraestrutura e, principalmente, de comunicação com o resto do planeta. O que, depois de sanado, irá gerar ainda mais interesse em torno do lugar e oferecer mais cidadania para as pessoas que vivem por lá.


O paraíso pode passar a ter uma rede de internet sem fio. Que tal mandar esta foto diretamente da praia? Foto: Thiago Marinho.Praticamente todas as hospedagens, por menores que sejam, possuem site próprio, mas dificilmente os responsáveis pelas acomodações residenciais, bastante comuns, respondem aos e-mails dos clientes. A Pousada da Rita, na beira da BR-363 (a menor do Brasil, com apenas 7km de extensão), possui um computador conectado 24 horas, mas para falar com a Tia Rita, a proprietária de 83 anos, é preciso telefonar. Os filhos dela usam MSN diariamente, mas, basicamente, não existe o costume de acessar o correio eletrônico com tanta frequência. E a casa dela é uma exceção, pois a maioria nem possui ponto de rede. Por causa disto, Tia Rita cobra R$ 30 por uma hora de internet (demonstrando a escassez do serviço - caro e inacessível).

Não existe nem ao menos o 3G das operadoras de telefonia celular, que não veem mercado dentre os cerca de quatro mil moradores da área, e o sinal só chega por um provedor via satélite e por um link da Embratel. Em situações como esta é fundamental a intervenção pública, o que torna o projeto tão importante.

O governador pernambucano não anunciou qual será a tecnologia utilizada (provavelmente via satélite por causa da distância entre a ilha e o continente) e nem quais os locais terão acesso gratuito (possivelmente órgãos do governo, postos de saúde e praças), mas em pouco tempo a ideia poderá ser vista como mais um degrau de evolução para as diversas necessidades do lugar.

[Fonte]



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